O cansaço bateu!

Esta foi uma semana bem curta de estágio propriamente dito. Isso porque aula tivemos somente dois dias. Na verdade um dia e meio: segunda a aula foi no horário normal e na terça eles saíram às 15horas devido à reunião pedagógica quinzenal. No entanto estes foram dois dias bem trabalhados. Produzimos bastante. Iniciei a semana com a leitura do livro sobre respeito. Conversei bastante sobre este assunto com a turma e pude perceber que na teoria todos nós sabemos o que fazer de correto em nossas vidas. Como já coloquei em postagem anterior as respostas dos alunos frente às questões trazidas pelo livro. Sobre por que temos que respeitar os mais velhos, os nossos pais, a escola, etc. Todos tinham sempre a resposta mais politicamente correta na ponta da língua. Então questionei: Se sabemos exatamente o que devemos fazer, por que as coisas ruins acontecem? Como por exemplo, se eu sei que tenho que respeitar meu colega, por que na primeira oportunidade desrespeito ele? Todos disseram rapidamente que eles não faziam isso. Quando faziam estavam só brincando. Como é engraçado a ideia que a criança de hoje tem sobre valores tão básicos como o respeito, a amizade, a sinceridade. Conversamos muito sobre estes e outros valores para montar a árvore da vida, e escolher o que colocariam na árvore e o que iria para a lixeira. Esta é a nossa árvore junto com a lixeira:

Pesquisei bastante sobre a formação moral da criança. Li diversas opiniões e teorias. Concordei e discordei de várias. Acabei concluindo que a formação moral da criança se dá principalmente através do exemplo. Como já dizia um provérbio bem conhecido: "A palavra ensina, o exemplo arrasta." Isso quer dizer que o aprendizado de conceitos e valores se ocorre através do que é observado, absorvido e vivenciado, principalmente pela criança que está em processo de construção moral. Por isso necessitam de influências positivas em seu cotidiano. Ao ler isso passei, não a analisar os fatos ocorridos na aula, mas na minha vida. Na minha formação moral. E percebo que sou hoje fruto da observação e análise de tudo que vivi com meus pais e atualmente com meu marido e minha filha. Sou uma mistura de todos. E paro para refletir sobre o que é absorvido pela minha filha. No entanto percebo que na comunidade onde trabalho muitas das famílias não pensam nisso. O que pode explicar algumas atitudes que meus alunos tem. Teoricamente todos sabem o que fazer. Como agir corretamente. Eu então passo a tarde gastando meu latim para isso. No entanto o exemplo que eles vêem em casa é completamente o oposto. Às vezes me sinto cansada, nadando contra a maré. Nossa, acho que hoje não é um bom dia para escrever, estou meio nostálgica, cansada, estressada. Minha filha está doente desde sexta-feira por causa da vacina da gripe. Estou desanimada. Não quero escrever mais. TCHAU!!!

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